sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O Conselho de Gamaliel


Por Leonardo Gonçalves

Em nosso Brasil hodierno, as seitas pseudo-cristãs tem se multiplicado com tal rapidez, que é possivel presenciar diariamente o surgimento de diversas instituições eclesiásticas que, apesar de exibirem a alcunha de “cristãs” ou “evangélicas”, pouca semelhança têm com Cristo e seu evangelho. Tais movimentos, apesar de falarem no nome de Deus, trazem em seu bojo doutrinário uma série de preceitos alheios à Palavra de Deus. Correntes de libertação, pregações triunfalistas com ênfase em prosperidade financeira e muitos milagres são exibidos pelos apóstolos do momento. Estas lideranças costumam valer-se dos milagres para autenticar seus ministérios e amedrontar aqueles que lhes são contrários.

A intimidação espiritual e a falta de exegese autêntica são as marcas destes ministérios emergentes. Certo tele-apóstolo, aquele que cura as pessoas com a sua “sudorese santa”, costuma respaldar-se nos milagres que produz. “Olha o milagre aí igreja! Quero ver dizer agora que eu não sou homem de Deus.” – reverbera Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus. “Se essa obra não for de Deus, vai acabar; mas se ela for de Deus, ninguém vai nos parar” - diz o apóstolo, supostamente respaldado pelo conselho de Gamaliel, em At 5.34-39:

“Mas, levantando-se no conselho um certo fariseu chamado Gamaliel, doutor da lei, venerado por todo o povo, mandou que, por um pouco, levassem para fora os apóstolos; e disse-lhes:

Varões israelitas, acautelai-vos a respeito do que haveis de fazer a estes homens.Porque, antes destes dias, levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntou o número de uns quatrocentos homens; o qual foi morto, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos e reduzidos a nada. Depois deste, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento, e levou muito povo após si; mas também este pereceu, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos.

E agora digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará, mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la, para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus”.

O argumento apresentado por Gamaliel, famoso rabino da seita dos Fariseus, tem sido perpetuado como sendo um conselho verdadeiro e inspirado. Muitos defensores dos novos movimentos de fé também se valem deste argumento quando dizem:

“Não fale do bispo tal, porque ele é ungido de Deus. Aliás, se ele não é de Deus, como a igreja dele cresce tanto? Deixa ele, pois se essa obra for de Deus, você estará lutando contra Deus!”


Onde está o problema com o conselho de Gamaliel?

Em primeiro lugar, devemos reconhecer que na Bíblia há registros inspirados e mandamentos inspirados. Ela é descritiva e prescritiva. Por exemplo: A Bíblia descreve algumas das mentiras de Satanás, mas ela não ensina a mentira. As mentiras do diabo, portanto, são descrições e não prescrições. Ela também descreve o adultério de Davi, mas não prescreve o adúltério. Ela descreve a traição de Judas, mas isso não quer dizer que o cristão deve trair a confiança dos seus amigos. A boa heremenêutica nos exorta a reconhecer que nem tudo o que está na Bíblia é um mandamento para o cristão.

O mesmo acontece com o conselho de Gamaliel. A Bíblia o descreve, mas não prescreve sua atitude como correta. Ora, Gamaliel sequer era cristão; muito pelo contrário: Ele era membro da seita que mais se opôs ao cristianismo durante os primeiros anos da sua existência. Além disso, a premissa de Gamaliel não resiste à prova da história: A experiência humana tem se encarregado de provar que o argumento deste rabino judeu não passa de uma grande falácia. Quantas seitas que surgiram desde antes do advento do cristianismo, e que perduram até hoje?

Tomemos como exemplo o budismo. A seita fundada por Sidharta Gautama mais de 500 anos antes do nacimento de Cristo perdura até hoje, tendo milhares de adeptos ao redor do mundo. Ora, se o argumento de Gamaliel estiver correto, então serei forçado a crer que o budismo, religião que ensina a reencarnação, animismo e tantas outras abstrações, também é de Deus! Lembre-se que passaram mais de dois milênios e a religião contina crescendo em número de adeptos, inclusive no Brasil. O mesmo pode ser dito do Confucionismo, Jainísmo e Taoísmo, todas com mais de quatro séculos antes do cristianismo! Numa tradição mais recente está o maometismo (islamismo), com cerca de quinze séculos de história, o que segundo o conselho de Gamaliel, é mais do que suficiente para justificar a fé terrorista que se impõe por meio da espada.


Gamaliel versus Paulo de Tarso

Apesar de ter sido instruído aos pés de Gamaliel, o ex-fariseu Paulo de Tarso não se deixava enganar pelo seu estranho pressuposto do antigo mestre. O apelo à “tolerância” de Gamaliel fora abandonado tão logo o cristianismo começou a ser bombardeado pelas doutrinas dos falsos mestres. Diferente de Gamaliel e seu apelo à conivência, o apóstolo dos gentios se opôs a tudo aquilo que pusesse tropeço a obra de Deus:

* Repreendeu a Pedro na cara, por sua dissimulação – Gl 2.11-14
* Mandou Tito “tapar a boca” dos falsos mestres – Tt 1.10-11
* Chamou os falsos obreiros de cães – Fp 3.2
* Citava nomes, quando julgava preciso – 2 Tm 2.17; 2Tm 4.10

Paulo não estava disposto a seguir o conselho de Gamaliel. Ele já não estava submisso ao antigo rabi. Seu mestre agora era outro, o Cristo.


Gamaliel versus Jesus Cristo

Penso sinceramente que estes que se respaldam em Gamaliel estão em franca oposição ao evangelho. Ora, diferente do rabino fariseu, que em sua “extrema prudência” nos conclama a abrir mão do sublime dom de discernir, crendo que Deus dará aos falsos mestres o mesmo destino de Teudas e Judas Galileu (At 5.36-37), ordenando sobre eles perseguição e matando-os à espada (bem ao estilo dos fariseus!), Cristo nos ensina a discernir a conduta dos falsos mestres, julgando-os à luz dos seus frutos:

“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? [...] Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” – Mt 7.15-19

Jesus ensinou que não devemos nos deixar seduzir por milagres, pois, diferente do que diz o teleapóstolo da Igreja Mundial do Poder de Deus, os milagres não autenticam o ministério de ninguém:

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” – Mt 7.21-23


Ora, ainda sobre milagres, cabe dizer que João Batista não realizou nenhum milagre (Jo 10.41), mas Jesus testificou dele dizendo que ele foi o maior entre os homens (Mt 11.11). Por outro lado, o ministério de Judas foi seguido por sinais (Mt 10.1), mas Jesus testificou contra ele chamando-o de diabo! (Jo 6.70)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Estante Cristã: Lições de Vencedor



Em "Lições de um vencedor", o pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus, expõe as trajetórias de alguns dos maiores heróis do passado, como Abraão, Davi, Moisés e Ana, comparando-as com situações de conflito que vivemos. Este livro revelador nos mostra que as derrotas devem ficar para trás, e que, a despeito de todas as lutas e provações, o sucesso sempre será alcançado.
Dou ênfase para o capítulo 11 do livro com o tema: "Vencendo a depressão."
Silas Malafaia além de pastor é psicólogo e explica as várias facetas da depressão; Biologicamente, psicologicamente e espiritualmente com uma abordagem extraordinária desta doença que é muitas vezes confundida no meio pentecostal com a falta de Deus no coração humano.


Lições de Vencedor
Como os heróis da Bíblia superaram desafios e chegaram ao sucesso
Pr. Silas Malafaia
Editora: Thomas Nelson Brasil
Páginas: 154

Plano Divino


Recentemente terminei de ler o livro O Plano Divino Através dos Séculos, uma obra realmente fascinante, escrita por N. Lawrence Olson.
Não pude deixar de copiar alguns textos, e decidi dividir com vocês! Alguns tópicos acima dos textos foram criados por mim para um melhor entendimento na sua leitura.




O Plano Divino Através dos Séculos, por N. Lawrence Olson

Editora CPAD – 25ª edição – Rio de Janeiro 2002.


O Anjo do Senhor

No Antigo Testamento há frenquentes referências a um ser chamado “o anjo do Senhor”, o “anjo de sua presença”, etc., que apareceu a Abraão, a Manoá, a Gideão e a outros, que foi adorado como Deus(Gn16.7-14; 22.11-18; 31.11,13; Êx 3.2-5; 14.19; Jz 13.2-25). Esse personagem era o Senhor Jesus Cristo, que apareceu temporariamente em forma pré-encarnada e corpórea, a fim de trazer a palavra do Senhor a vários indivíduos.


Igreja Católica

Foi isso mesmo que aconteceu nos séculos posteriores, quando a igreja tornou-se o que vemos hoje na Igreja Católica Romana, cheia de invencionices como a mariolatria, a adoração aos santos, o celibato, a infalibilidade papal, celebração de missa, salvação pelas boas obras, etc.


A Lei

A lei era o caminho da vida e não o caminho para a vida.

Deus disse: Já estou farto dos holocaustos de carneiro... o incenso é para mim abominação, e também as festas da Lua Nova, os sábados e as convocações das congregações...”(Is1.11-15; Sl 10.6; Os 6.6; Mt 23.23)

A Lei e os Profetas duraram até João Batista(Mt 11.12,13)


A Grande Tribulação

Muitos não crerão e nem buscarão a Deus, mesmo durante o tempo das pragas que assolarão a terra durante a Grande Tribulação(Ap 9.20,21)




A Igreja Católica e Seus Argumentos


O argumento da Igreja Católica Romana de que a Igreja foi fundada sobre o apóstolo Pedro, e que os papas são os seus sucessores, carece de qualquer prova bíblica. O nome “Pedro” deriva da palavra grega “petros”, que, segundo a distinção observada no grego clássico, significa “um fragmento de pedra”, que se pode colocar na mão. A palavra “pedra”, que Jesus usou nesta passagem em apreço(Mateus 16.18), deriva de outra palavra grega, “petra”, que significa uma rocha ou penhasco. É esta a “rocha” sobre a qual Jesus fundamenta sua Igreja e não a “pedra pequena”, que seria o apóstolo.

O nome Pedro(petros) claramente se distingue da confissão de Pedro – “Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo.”(v.16). Sobre essa confissão, qual artigo fundamental da fé(Jo 3.18;20.31), ou então sobre o próprio Cristo, o Rochedo, seria estabelecida a Igreja(At 4.11,12; 1Pe 2.3-8; 1 Co 3.11; Ef 2.20-22). Se Pedro fosse o alicerce da Igreja, certamente o mistério da mesma e as suas principais doutrinas teriam sido reveladas a ele e não a Paulo, que se converteu posteriormente(Ef 3.9,10). Nem tampouco teria Paulo a coragem de chamar-lhe a atenção justamente sobre a questão da composição da Igreja(Gl 2.11).




Os Ardis de Satanás


Imbuído de inveja, Satanás conseguiu dominar nossos primeiros pais, e com eles toda a raça humana. Somente pela regeneração poderá o homem livrar-se do poder de Satanás. E mesmo depois de converter, a pessoa ainda passará por muitas tentações que têm por objetivo fazê-la cair novamente. Parece que quanto mais o crente se esforça para fazer a vontade de Deus, mais severos ficam os ataques do inimigo. Satanás não somente ataca o indivíduo, como também a coletividade, inspirando a maior parte das religiões do mundo justamente para enganar os homens. Jesus, quando veio ao mundo, não veio como inventor de religiões, mas sim para dar a sua vida, a fim de nos prover a vida eterna! Glória a Deus!

a. A diversão(2 Co 4.4; 1 Tm 3.7). Satanás sempre procura ocupar os pensamentos dos homens com as coisas temporais, com os prazeres da carne que passam logo, para evitar que pensem em Deus, na eternidade e nas coisas espirituais. Ele nega o caminho da redenção pelo sangue e substitui essa verdade por atraentes teorias falsas.

b. Ilusão(Gn 3.4; Ez 13.22; 2 Ts 2.9-11). Satanás faz o homem pensar que poderá estabelecer a sua própria justiça através de boas obras e rituais religiosos.

c. Vacilação(Mt 6.24; 2 Co 6.14,15; 7.1). Muitas pessoas, pelo ardil satânico, julgam que podem andar com Deus e com o mundo ao mesmo tempo. A Bíblia afirma que isso é impossível. O homem terá de escolher: ou Deus ou o mundo.

d. Ceticismo(Rm 14.23). Por suas sutis insinuações, Satanás semeia dúvidas nos corações. Sua maliciosa interrogação no Jardim do Éden: “É assim que Deus disse?”, serviu para envenenar o clima espiritual do mundo desde então. (Gn 3.1-6).

e. Trevas(Is 50.10; Rm 1.21; 2 Co 4;4). O “príncipe das trevas” não somente subjuga os ímpios em trevas, como também procura ofuscar a experiência do próprio crente. Mesmo os mais ilustres homens de Deus têm passado por esses repetidos ataques do maligno.

f. Desânimo(Hb 6.1; 9.14). Às vezes é pelo desânimo que o inimigo procura vencer o crente. Mesmo a fraqueza ou enfermidade física pode enfraquecer um servo de Deus, se não estiver bem firmado sobre a Rocha(At 10.38; Lc 13.16). Não raras vezes Satanás se utiliza de acusações falsas para provocar desânimo.

g. Procrastinação (At 24.25; 26.28; Êx 8.25-28; 10.24,25). Este ardil é um dos mais perigosos para qualquer pessoa, sendo responsável pela destruição no inferno de milhões de incautos, que alimentavam o desejo de, algum dia, aceitar a Jesus como seu Salvador. Mas a morte os surpreendeu, privando-lhes da oportunidade, e jamais serão salvos. É um triste fato!

h. Transigência com o mal. O Diabo procura de toda maneira levar o crente a trangredir e tolerar o mal. Uma parte desta trama satânica é o movimento ecumênico, que visa unir todas as religiões, sob uma só bandeira.


Como o crente poderá defender-se contra Satanás

a. Revestir-se da armadura de Deus(Ef. 6.10-18)

b. Perceber as maquinações e esperteza dele(2 Co 2.11)

c. Não dar lugar a Satanás(Ef 4.27; note o contexto, verso 26, a referência à ira)

d. Resistir-lhe(Tg 4.7)

e. Ser sóbrio e vigilante(1 Pe 5.8)

f. Vencê-lo(Ap 12.11) pela: 1 – Palavra(1 Jo 2.4), a espada do Espírito(Hb 4.12); 2 – pelo Sangue, e pela palavra do testemunho(Cl 2.14,15); e 3 – Em Cristo (Ef 1.19-22; 2.6; 1 Jo 5.8; Cl 1.13; Jo 10.28,29). A vitória de Jesus sobre Satanás é nossa também, mas é imprescindível que permaneçamos nEle e que o poder do Espírito Santo opere em nós.





Espiritismo - A Bíblia desmente esta heresia



O povo de Israel foi proibido por Deus, sobre pena de morte, de ter qualquer comunicação com espíritos familiares, como os cananeus e outros povos pagãos costumavam fazer (Lv 20.6,27; Dt 18.10,11; Is 8.19). No moderno espiritismo eles personificam os mortos. Os médiuns são pessoas endemoninhadas, como era a moça pitonista que Paulo libertou em Filipos (At 16. 16-18). Era possessa de um espírito adivinhador.

O rei Saul, quando desesperado por não ter conseguido nenhuma comunicação com Deus por sonhos ou visões, nem pelo Urim e Tumim e nem pelos profetas (Samuel morrera cerca de dois anos antes), procurou de noite a feiticeira de Endor. Antes ele mesmo ocupou uma tal pessoa, fato que denuncia o quanto estava desviado dos caminhos do Senhor. (1 Sm 28.6-25). A mulher, pelo poder dos demônios, enganou Saul fazendo-o pensar que realmente havia tido comunicação com o falecido profeta Samuel. Tudo não passou de uma personificação que só serviu para a condenação do rei angustiado. Apresentamos a seguir nove razões por que NÃO foi Samuel que subiu.

1) Uma vez que Deus, antes disso, recusou comunicar-se com Saul pelos meios normais(sonhos, visões, Urim e Tumim, e profetas) e havia retirado o seu Espírito dele(1 Sm 28.6,15,16; 16.13-23; 1 Cr 10.13,14), certamente não iria comunicar com esse rei por meios condenados, isto é, por um espírito enganador, fingindo ser Samuel.

2) Saul propositadamente procurou a feiticeira, portadora de um espírito familiar, sabendo que a prática da feitiçaria era proibida por Deus(v.7).

3) A Bíblia declara que tais pretensas comunicações com os mortos, podem ser, na realidade, casos dos demônios personificando os mortos(vv. 7-19; Dt 18.11; 1 Cr 10.13,14; Is 8.19).

4) Tais comunicações são proibidas em dezenas de passagens(Lc 12.29). Por conseguinte, Deus não permitiria a Saul tentar tal comunicação.

5) A aparição de Samuel perante a feiticeira foi simplesmente o caso de um espírito familiar personificando e fingindo ser Samuel. Quem falava não era Samuel, mas sim o espírito que conhecia tanto a Saul como a Samuel, e as relações anteriores entre ambos. Esse espírito era capaz de fazer predições(Dt 13.1-3). Isaias avisou-nos que a pessoa que procura comunicar-se com os mortos é enganada por espíritos familiares(Is 8.19).

6) O espírito praticamente se denunciou quando disse que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte. De fato, Saul, ao morrer, foi para o lugar de sofrimento no Sheól ou Hades. Samuel estava no Sheol, ma no lado do conforto, junto com Abraão.

7) Não há nenhum caso registrado na Bíblia em que Deus tenha interceptado uma comunicação entre os demônios e os homens. Saul inquiriu através de um demônio, e por um demônio foi respondido. Deus sempre comunica suas mensagens pelo Espírito Santo, mesmo que utiliza várias maneiras de fazê-lo.

8) Está declarado em 1 Crônicas 10.13,14 que Saul morreu por causa dos seus pecados anteriores, bem como por esse pecado contra a Palavra do Senhor, de consultar a feiticeira e os espíritos familiares, coisa proibida por Deus. Assim somos obrigados a concluir que foi desse espírito, e não de Samuel, que Saul obteve as informações.

9) Jesus ensinou que é impossível aos mortos se comunicarem com os vivos aqui na terra. Todos as demais passagens bíblicas confirmam esse ensino. Havia um abismo intrasponível entre as duas partes do Hades, de forma que Lázaro não podia ir para o outro lado onde estava o rico(Lc 16.26-31). O único caso duma pessoa saindo do seu lugar após a morte e antes da ressurreição é o caso de Moisés, a quem Deus trouxe por uma razão legítima ao Monte da Transfiguração(Mt 17.1-8). Neste caso, contudo, trata-se de uma ato de Deus, e não dum feiticeiro. Moisés e Elias vieram à terra a fim de conferenciarem com Jesus a respeito de sua morte na cruz, na qualidade de representantes do Antigo Testamento, a “Lei e os Profetas”. Portanto, não existe nenhuma base nesse acontecimento para falsas suposições espíritas.